
O que é a Espondilolistese?
A espondilolistese é uma condição da coluna vertebral caracterizada pelo deslizamento de uma vértebra sobre a outra. Esse deslocamento pode comprometer a estabilidade da coluna e causar sintomas como dor, desconforto e até limitações funcionais significativas.
Os tipos de espondilolistese variam de acordo com a causa subjacente e incluem as formas congênita, ístmica, degenerativa, traumática e patológica.
Essa condição afeta principalmente a região lombar, mas pode ocorrer em outras partes da coluna.
Principais Causas da Espondilolistese
A espondilolistese pode ser causada por diversos fatores. Entre eles, estão malformações congênitas que afetam a estrutura da coluna desde o nascimento, predispondo ao deslocamento vertebral.
Outro fator comum é a espondilólise, que ocorre devido a uma fratura ou defeito no arco vertebral, frequentemente associado a traumas repetitivos. Já a espondilolistese degenerativa surge em decorrência do desgaste natural das articulações e discos intervertebrais com o envelhecimento.
Além disso, traumas diretos ou condições como osteoporose e tumores também podem enfraquecer os ossos e levar ao deslocamento.
Sintomas da Espondilolistese
Os sintomas da espondilolistese podem variar em intensidade, dependendo do grau de deslizamento. A dor lombar é o sintoma mais comum, podendo ser contínua ou intermitente. Em casos mais graves, a dor pode irradiar para as pernas, semelhante à ciática, acompanhada de formigamento ou fraqueza nos membros inferiores.
Outros sinais incluem rigidez muscular na região afetada, dificuldade para caminhar ou realizar certos movimentos e limitações nas atividades diárias. Em situações avançadas, a compressão nervosa pode causar maior comprometimento funcional.
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Diagnóstico
O diagnóstico da espondilolistese é realizado por um especialista, que utiliza exames de imagem para confirmar a condição. A radiografia é o exame inicial mais comum, capaz de identificar o grau de deslizamento entre as vértebras.
Em casos que exigem maior detalhamento, a ressonância magnética é utilizada para avaliar os tecidos moles e possíveis compressões nervosas. Já a tomografia computadorizada fornece imagens detalhadas da estrutura óssea, sendo útil para planejamento cirúrgico ou diagnóstico de condições associadas.
Classificação da Espondilolistese
A espondilolistese pode ser classificada de acordo com o grau de deslizamento e sua origem. O grau é determinado em porcentagens, indo de leve (Grau 1, até 25%) a severo (Grau 5, acima de 100%).
Quanto à origem, ela pode ser ístmica, degenerativa, congênita, traumática ou patológica. Essa classificação ajuda a orientar o tratamento adequado, considerando tanto a gravidade quanto as condições individuais do paciente. Assim, é possível abordar a condição de maneira personalizada, priorizando o alívio dos sintomas e a qualidade de vida.
Tratamentos Disponíveis
O tratamento da espondilolistese varia de acordo com a gravidade do caso. Em estágios leves, opções conservadoras incluem fisioterapia para fortalecimento muscular, uso de órteses para estabilizar a coluna e medicamentos para controle da dor e inflamação. Injeções epidurais também podem ser utilizadas para alívio temporário.
Em casos graves ou que não respondem ao tratamento conservador, a cirurgia pode ser necessária. Procedimentos como fusão vertebral e descompressão nervosa são realizados para estabilizar a coluna e aliviar a pressão sobre os nervos.
Prevenção da Espondilolistese
A prevenção da espondilolistese envolve cuidados que promovam a saúde da coluna. Praticar exercícios físicos regulares, especialmente os que fortalecem os músculos estabilizadores, é essencial para evitar problemas futuros.
Manter uma postura adequada no dia a dia e evitar sobrecarga na coluna também são medidas importantes. Além disso, é fundamental evitar traumas repetitivos, especialmente em esportes de impacto, e controlar o peso corporal para reduzir o estresse nas vértebras. Esses hábitos podem ajudar a minimizar os riscos de desenvolver a condição.
A espondilolistese é uma condição que pode impactar significativamente a qualidade de vida, mas existem tratamentos eficazes para aliviar os sintomas e restaurar a funcionalidade da coluna.
O diagnóstico precoce e a abordagem personalizada são essenciais para o sucesso do tratamento. Se você está enfrentando dores na região lombar ou outros sintomas relacionados, procure um especialista em coluna para avaliação e orientação adequada. Com os cuidados certos, é possível retomar as atividades diárias e melhorar o bem-estar geral.
Sobre o Dr. Thiago Soares | CRM RS 28145 - RQE 20774
Dr. Thiago Soares dos Santos é um renomado médico ortopedista, especializado em cirurgia minimamente invasiva da coluna vertebral. Ele é pioneiro no Rio Grande do Sul na utilização da técnica endoscópica para o tratamento de patologias da coluna. Com inúmeras publicações em revistas internacionais, Dr. Thiago é uma referência no campo.
Fundador e coordenador do EndoColuna, um grupo dedicado à educação continuada para cirurgiões interessados em técnicas minimamente invasivas, Dr. Thiago Soares é também membro das Sociedades Brasileiras de Ortopedia e Traumatologia e Coluna Vertebral, participando regularmente de congressos e cursos no Brasil e no exterior.
Em 2025 fundou o Instituto EndoRegenera, sua clínica em Novo Hamburgo-RS.